Entrevistando: o autor Lucinei M Campos

by - 12:29:00


Oiie queridões, como vão?

Ainda estou na energia da Bienal então preparem-se para uma maratona de entrevista, ao longo do mês virão mais três! #adoro

No dia 6 de setembro tive a oportunidade de entrevistar o autor Lucinei M. Campos, em um estande da Secretaria de Educação do RJ, lá na Bienal. Trouxe para vocês, que não puderam ir, um pouco do que descobrimos do autor, então espero que vocês curtam!

Um pouco sobre o autor

Nascido em 16 de outubro de 1983, Lucinei M. Campos é um jovem professor e escritor de alma e profissão. Carioca, foi criado nas ruas da Maré, um dos maiores
complexos de favelas do Rio.

Formou-se em História e se especializou em História da África e da Diáspora Africana no Brasil. Divide sua carreira de escritor lecionando na rede pública estadual de ensino local para jovens, adolescentes e pré-adolescentes.

Atua no mercado literário como autor independente, sendo conhecido como o Mago Branco, devido à fantasia de um dos personagens de seus livros, que utiliza em suas apresentações. Além da série Lavínia, acaba de lançar o romance juvenil Violeta não Sabe Amar, sua primeira obra no formato digital.


  1. 1. Como foi que surgiu a inspiração para escrever a série da Lavínia?

Acredito que tenha surgido da minha infância, pois eu era uma pessoa popular, mas sem amigos! rs Isso mesmo. E tinha que viver fugindo dos garotos chatos que me perseguiam. Daí, veio a junção da fantasia, já que eu ficava imaginando o “se”, se eu tivesse poderes, se tivesse uma varinhas, estas coisas. Juntei minha história com com algo mágico.

  1. Em Lavínia vemos muitas referências à mitologias e ao folclore brasileiro. Você sempre gostou desse tema?

Até os dias de hoje não me conformo em rejeitar a nossa mitologia indígena. Há elementos muito bacanas e até melhores que os tradicionais.  Gente, o Boitatá é algo muito legal de se trabalhar! O Curupira! Mas quando vemos livros ou filmes numa temática mítica, só sabemos de gregos e nórdicos. Eu passei a curtir mais quando reparei nos filmes a ausência da nossa história. Aliens invadem a Terra, mas nunca o Brasil. O centro de tudo sempre é Estados Unidos e Europa, nunca temos um papel importante. Resolvi mudar um pouco essa vertente.

  1. Uma das coisas que mais gosto em seu trabalho de divulgação do livro é primeiro, sua roupa de mago. Segundo, os brindes! Acho uma forma muito interessante de cativar as crianças (e inclusive adultos!). E você mesmo quem faz!  Como foi que surgiu a ideia?

A roupa foi uma sacada muito boa, admito. Eu olhei para umas roupas brancas e lembrei de alguns personagens no livro que usam branco, daí, quis trazer para as pessoas verem como é um deles. E, uma coisa que sempre acontece é justamente uma confusão do que sou. rsrs Eu sou na verdade um dos magos auxiliares de Celina, e não uma fada. rs Na rua, os desavisados me chamam de Gandalf, Dumbledore, Zé Gotinha! rsrs E há crianças que me chama de “bruxa”. Acho mágico e divertido! E quando volto de uma feira, geralmente vou assim para o hotel em que estou.

A roupa foi idealizada por mim, mas foi a artista Bel Maciel quem a costurou e fez toda a ligação dos tecidos. Já os brindes, eu mesmo quem faço. Caneta de pena, varinhas! Tudo com certos detalhes únicos. Eu sempre quis ganhar uma varinha quando lia livros de magia, e acho muito legal trazer esta proximidade da fantasia com a realidade. Adultos adoram! rs

  1. Ah, e imagino que o feedback deva ser maravilhoso, né? Você pode falar um pouquinho para gente?

Olha, já fui abordado por um leitor na saída do banheiro de um shopping. Foi estranho e engraçado, pois os outros caras saiam do banheiro e paravam para me ver tirando foto. E muitas vezes sou surpreendido com um abraço e beijos dos menores. Eu acho tudo lindo! Fora como alguns adultos vem até mim e dizem que estou lindo! Nunca recebi tantos elogios na minha vida como em um único evento. Mas reconheço que é devido a roupa! rs

  1. O livro Violeta não sabe amar é bem diferente da série Lavínia. Foi um desafio para você?

Sim. Na verdade, escrever para mim é sempre um desafio. Violeta foi algo de mim, queria construir uma história diferente da fantasia com traços meus. Sabe quando você chega a pensar que não existe o amor? Nós temos sempre um momento assim, eu então peguei este meu pedacinho e formei a menina de 15 anos que detesta o amor e tem o nome mais fofo! rs

  1. Queremos saber! Quais seus autores ou livros favoritos?

Hum… são muitos, mas as vezes curto mais a obra que o autor. Mas vamos lá: Douglas Adams. criador dos livros maravilhosos O Guia do Mochileiro. Chuck Palanhniuk, com o Clube da Luta, No Sufoco e Sobrevivente. Max Brooks, de Guerra Mundial Z. Sidney Santiborg com Escola de Um destino e Anaminese um Louco Coração. Além do que os Olhos Podem Ver, do Jeferson Corrêa. Este último sou apaixonado por este livro dele.

  1. Alguns autores preferem escrever ao som de música, outros o silêncio. Como você prefere o ambiente, na hora de escrever?

Eu não tenho muitas escolhas, porque escrevo quando consigo tempo. Meu filhote sobe em cima de mim ou vem me pedir beijo, aí paro, vejo um vídeo das músicas de Moana, (que já decorei a música do Mauí) canto junto e o libero. Ainda bem que tenho a mente frenética, pois nos outros momentos já vou montando a história e as falas na minha cabeça. As vezes enquanto converso com alguém no Facebook, estou escrevendo. rsrs




  1. Antes de terminarmos, você teria alguma mensagem para aqueles autores que estão querendo publicar seus livros?

O que eu poderia dizer é… não é fácil. Aliás, sonhos não são fáceis, caso contrário não seriam perfeitos. Pesquise do que escreve, veja se tem espaço no mercado, avalie as opções de publicação, porque não precisa ter um selo em seu livro para dizer enfim, sou escritor. Você cria? Você escreve? Consegue elaborar diálogos, histórias ou pensamentos? Então és um escritor.

Uma rapidinha, para terminar.

Uma comida: Que tenha alho ou farofa!
Uma frase: Só o que sinto explica o que faço.

Um lugar: Minha mente!

Algumas fotos do evento da Bienal (e video)

Transmissão ao vivo 1

Bom, pessoal, espero que tenham gostado!

Beijos!


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12 Comments

  1. Olá!
    Que entrevista mais linda! Parabéns!
    Lucinei é uma figura e com certeza muito querido.
    Achei super bacana ele usar a criatividade, a imaginação pra driblar aquele período chato que passamos na escola e outro mto importante e faz a diferença é colocar nosso país nas histórias, ter algo nosso regional. Aplaudo de pé esse cara.
    Parabéns novamente pela entrevista e sucesso ao blog e ao autor.
    Bjs

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    1. Oiie Marcia!

      Fico feliz que tenha gostado!! E nos próximos ele ainda pretende usar mais, como o saci perere!

      Beijos!

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  2. Que entrevista bacana! Eu vi o autor rodando na bienal, mas na correria que eu estava por lá, acabei não indo ver os seus livros. Também acho que o nosso folclore é muito rico e deveria ser mais valorizado. Ainda não li as obras do autor, mas fiquei curiosa.

    Beijos, Gabi
    Reino da Loucura | Facebook | Instagram

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    1. Oiie Gabi!

      Ah que legal! Uma pena que não o conheceu, mas espero que curta seu livro :)

      Bjs

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  3. Muitoooo legal a entrevista , deu para conhecer bastante coisa do escritor.

    Bjokas

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  4. OI Leatrice!
    Adorei conhecer o Lucinei. Ele parece ser uma pessoa muito divertida e bem humorada. Adorei aquela foto/pintura dele de mago e quero uma igual! Quero uma roupa igual também. rsrs
    Beijos
    Blog Relicário de Papel

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  5. Oi! Que bacana poder conhecer esse lado do escritor. Acompanho ele nas redes sociais, mas nunca parei para ler algo sobre. Chamar de Gandalf é hilário rsrs Mas já imaginava que deviam confundir com cosplay rsrs
    Amei o post! Vou tentar acompanhar as outras entrevistas. Beijo 😘

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    Respostas
    1. Oiiie

      Fico feliz que gostou!!! Chamava muita atenção na Bienal hahah

      Beijos!

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  6. Olá
    sempre bem saber mais sobre o autor mas não sei se são livros que chamam minha atenção, parecem ser ótimos e desejo muito sucesso mas dessa vez deixo a dica passar e bela entrevista

    beijos
    http://www.prismaliterario.com.br/

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