Palavreando: Movimentar-se
Movimento. Se uma palavra pudesse resumir sua vida seria essa. Ela era o resultado de um fluxo intermitente dores e amores. Já perdera tempo demais discutindo o motivo de todas essas inconstâncias. E raramente algum bem fazia.
Ela cresceu e descobriu a si mesma. E a vida começou a ficar mais leve. Percebeu que quando se respeitava, se tornava melhor. Respeitava seu tempo, seus desejos, suas angústias. E desejou que cada um aprendesse a fazer o mesmo.
Se apaixonou pelas diferenças. Ser diferente é ser você. Passou a descobrir que gostava de temas dos quais nunca parou para pensar. A lutar pelos outros. Por si. Lutar para que mulheres, LGBT's e negros tivessem mais voz.
Leu novos livros, viu novos filmes. Acordou e viu o quão bonito é o mundo em que vivemos, e fotografou. E mostrou para quem quisesse (e não quisesse) ver e passou a estudar mais sobre como cuidar dele.
Fez teatro. E aprendeu novas facetas. Não foi fácil, mas desde quando a vida era? Aprendeu a desligar a mente, a se movimentar sem pré-julgamentos. Chorou, gritou, gargalhou e viveu. Viveu mais ela do que nunca. Viveu, em uma intensidade e emoção que nunca antes tinha sentido.
Movimento. Sim, uma palavra que a resumia. Movimentava-se sempre. Em busca de mais de si e do mundo.
Movimentar era a arte que mais dominava.
0 Comments