Hey queridões, como vão?

Vamos iniciar essa resenha imaginando o seguinte contexto:

1. Você detesta seu emprego. Não por ele ser diferente da profissão que sonhou, mas por não poder fazer o que sabe que pode. E para sair disso, teria que mostrar uma grande notícia. 

2. E eis então que você descobre sobre o Mr. Romance. Um homem pago - e muito bem - por mulheres da alta sociedade para que elas possam viver seus maiores sonhos românticos. Vale qualquer personagem. 

3. Você tem, então, duas opções: usar esse furo como a notícia que mudará sua carreira ou fingir que nunca ouviu falar. 

Nem precisamos dizer qual opção Eden escolheu, né? Disposta a mostrar para o chato do chefe que ela pode fazer mais do que matérias "lixo" (palavras dela), Eden logo vê na história que sua irmã conta, um grande potencial. Imagina o escândalo que seria? Não é ainda a matéria que ela sonhou em fazer, mas com certeza abriria portas. 

E ela faz de tudo para conseguir entrar em contato com ele. Só não imagina, porém, que se envolver com Max, o tal Mr. Romance, poderia ser bem mais  perigoso do que esperava. Afinal, como resistir ao charme daquele homem?  Aliás, talvez nem Max esteja pronto para lidar com uma mulher como Eden. 




Eu demorei um pouco a criar coragem para ler este livro por não ter gostado tanto de Meu Romeu, livro pertencente à outra série da autora. Mas depois de tanto ouvir falar, decidi dar uma chance ao Max e à Eden. E eis que me surpreendi. 

Em Mr. Romance a autora nos brinda com uma obra que equilibra bem a comédia e o romance. Até mesmo o suspense sobre a verdadeira personalidade de Max. O livro é todo narrado pelo ponto de vista de Eden, o que é interessante por nos conectamos com a personagem e sentimos as mesmas dúvidas e anseios pela decisão a ser tomada. Para Eden, não vai ser tão fácil fazer a matéria, afinal, como ignorar o que seu coração diz?

E para Max, como ser o verdadeiro? Deixar as mascarás caírem? O que ela fará quando souber toda a verdade por detrás dele?

Mr. Romance foi uma leitura leve e descontraída,, devorei o livro em uma noite. Leisa Rayven nos apresenta uma trama que discutirá, mesmo que discretamente, temas como o consumo por matérias que invadam a privacidade das pessoas, corrupção e machismo. Eden é uma personagem forte, que sabe o que deseja e não mede esforços para conseguir. Max é um cara que tinha perdido tudo e se levantou da melhor forma que conseguiu. 

Se você, assim como eu, não tiver gostado tanto de Meu Romeu, pode dar uma chance à essa nova obra. Vai se surpreender! E se você já leu, não deixa de me dizer o que achou!


Beijos!

Quem aí ficou ansioso? Eu já estou contando os dias!

Desabafo

Era uma manhã tranquila de sexta feira, pós feriado. O céu estava levemente nublado, como que ainda acordando e a cidade ia acompanhando esse ritmo. Parece que sempre depois de uma pausa há uma relutância em voltar à ativa.

Por muito tempo ela se questionou sobre o trabalho. Entre fazer o que ama (mesmo que ganhe pouco) ou fazer o que dá mais dinheiro. A escolhida foi fazer o que se ama. Porque na tormenta que sua vida sempre foi, ela só conseguia pensar em trazer mais pontos de felicidade. Era o que bastava: ser capaz de se olhar no espelho e dizer que era feliz. E ela sempre acreditou que ao fazer o que se ama, muito mais acontece. 

E nessa manhã, em especial, ela fora convidada para falar sobre o que mais amava para uns jovens, de realidade dura e distante da sua. E o desafio foi aceito e ela foi. Passaram três dias, mas os jovens não saem de sua cabeça. Ela falou, falou. Mas sentiu que tinha que escrever sobre eles e tantos outros. Aqueles que sonham, mas tem dificuldades em realizá-los, principalmente por conta de onde vivem. Aqueles que já pensaram em desistir porque a vida é cruel demais. Aqueles que queriam ser diferentes. Aqueles que queriam. Querer. Tantas coisas e nada ao mesmo tempo. Paz. Amor. Oportunidades. Ajuda. Carinho. Ser. Voz. Vistos. Querer...

E ela quis poder fazer mais do que fez. Mas há um vão entre o querer e poder. E pouco pode fazer mais do que incentivá-los. E talvez eles um dia vejam esse texto, talvez não. Mas o mais importante é falar sobre eles. Sobre aqueles que muitos gostam de "fingir não ver". 

Existem batalhas, querido colega. Duras e difíceis. Porém não desista. Erga sua cabeça e lute, o máximo que conseguir. Esperança. Nunca a perca. Todos devem ter o direito à educação, ao amor e às oportunidades. Então lute por elas, mesmo que o "mundo" ao seu lado tente te calar. Sua voz é o seu poder. Use-a. 

E saiba que não está só. Essa luta é sua, é minha e de muitos outros. Juntos, somos mais fortes. 

Leatrice Barros

Começamos a resenha de hoje respondendo a pergunta acima. Já conheceu alguém com TOC? Minha resposta é não, quer dizer, já ouvi tive um ou outro professor que diziam ter isso com relação aos seus quadros, que tinham onde setores do assunto deveriam estar com os mesmos gizes e tudo bem alinhadinho. Mas conhecer do jeito que conheceremos Aza, nunca.

Amazon | Saraiva

Aza Holmes é uma jovem que vem passando por um problema complicado. As vezes ela não sabe se é real e isso acabou levando-a para várias outras problemáticas diferentes, como temer ficar doente por conta das milhares de bactérias que existem em um corpo humano. E ela queria poder dizer que sua vida pessoal não é nem um pouco afetada por isso, mas seria mentira. Ao entrar em uma "espiral de pensamento" ela pouco consegue sair.

"Mas eu estava começando a entender que a vida é uma história que contam sobre nós, não uma história que escolhemos contar.
A gente finge ser o autor, claro. Não tem outro jeito. (...) A gente acha que é o pintor, mas é a tela."

E eis que o dono de uma grande empresa fica desaparecido depois de ter sua prisão decretada (ele é corrupto) e a empresa/polícia oferecem um prêmio de cem mil dólares para quem der alguma informação relevante capaz de ajudá-los a encontrar o empresário. Eis então que Daisy, melhor amiga de Holmes, decide que as duas poderiam investigar o desaparecimento.

Não seria algo tão difícil, afinal Holmes conhece Davis Pickett, filho do empresário. Quer dizer, ela não fala com ele há anos, mas ela ainda se recorda de algo que poderia ser útil na investigação. O plano foge um pouco do controle e Aza acaba tendo que falar com Davis. Eis então que ressurge uma amizade.

"Teria contado que, mesmo na época, Davis e eu não consersávamos muito, sequer nos olhávamos muito, mas que isso não importava, porque estávamos observando juntos o mesmo céu, o que, para mim, talvez seja mais íntimo do que contato visual. Qualquer um pode olhar para você, mas é muito raro encontrar quem veja o mesmo mundo que o seu."



Tartarugas até lá embaixo é um livro que tem uma verdadeira montanha russa de emoções. Você vai se preocupar com Aza, torcer por ela, chorar e rir muito. Outras vezes sentirá raiva, principalmente por ver que nem todos a entendem. Mas ora, talvez nós só sintamos isso porque estamos dentro da sua "espiral de pensamento".

Soube ao pesquisar este livro que o autor John Green estava passando por um problema semelhante. Desde seu último lançamento ele não conseguia escrever nada, até que veio a ideia de escrever sobre o que ele estava sentindo. E talvez seja essa uma das maiores cargas do livro. Ter a certeza de que aquelas linhas não são meramente ficcionais. Ele e tantas outras pessoas passam por esse problema, sem que percebamos.

A escrita do livro é toda em primeira pessoa, narrada pela Aza, justamente nos permitindo criar tanta empatia e carinho pela personagem. Ao longo do livro percebemos como suas crises afetam seus relacionamentos familiares, com os amigos e até mesmo com o próprio Davis. E a capa está linda demais e tem tudo a ver com a história, desde a espiral até o título.

Tartarugas até lá embaixo abordará depressão, TOC, corrupção, questões familiares dos mais diversos tipos. Sem dúvidas um livro marcante.

Quem aqui já leu? Ou pretende ler? O que acharam?

Beijos!

A dica de hoje é de um filme divertido (adoramos, né?) e repleto de dicas para o mundo dos estagiários/donos de seu negócio (adicionei à minha lista para rever sempre!). 

No filme, Ben é um senhor de 70 anos que decide se candidatar à vaga de "senhor estagiário" em uma site de modas, criado à pouco tempo. Seu trabalho consistirá em auxiliar a Jules Ostin, fundadora do projeto e um tanto linha dura. Aos pouquinhos Ben consegue ir se aproximando de Jules, se tornando um grande amigo e conselheiro para a empresa. 

Jules Ostin é uma mulher forte e que em dezoito meses conseguiu deslanchar seu site de modas. O que começou com poucos funcionários agora tem mais de duzentos. E se isso já não é uma tarefa lá muito fácil, quem dirá quando se tem que conciliar com a vida de mãe e esposa?

O filme o Senhor estagiário possui uma fotografia muito bonita e uma dinâmica que combina com o estilo dos personagens. Anne Hathaway e Robert de Niro estão atuando muito bem, conseguindo transparecer bem o conflito de suas gerações e as maneiras como os dois encaram a vida. 

Além disso, vemos o preconceito inicial que Ben sofre ao entrar em uma loja repleta de jovens e ao contrário do que poderiam esperar dele - inclusive Jules - ele vai conquistando os outros da empresa e fazendo amizades, servindo como um verdadeiro exemplo de vida. 

O longa é regado de risadas e um quê de drama. Ao retratar o dia a dia de Jules, aborda-se a questão da mulher no mercado de trabalho e em como a sociedade responde a essa realidade, mostrando um lado bem realista. 

Ah, e aproveite! O filme é ótimo para pegar umas dicas de empreendedorismo e trabalho em equipe.  Fiquem com o trailer:




E aí, já viram? O que acharam?

Beijos, Lê

O que você faria se fosse intimada a assistir uma lista totalmente fora da sua zona de conforto?

Hey queridões, como vão?

Hoje o post é diferente. Quem acompanha o blog há um tempinho deve se lembrar que tenho um irmão, bem nerd. (Inclusive vamos preparar uma série de posts do Star Wars, aguardem!). Eis que ele me cria uma lista para mim, no Netflix, de séries e filmes que eu deveria assistir (e que recuso sempre), como um desafio. 

Eu aceitei, claro. E vou trazer para vocês a lista que ele preparou (se alguém quiser participar, vamos lá!) e conforme eu for cumprindo, vou relatando minhas experiências. O que acham?

Lion - Uma jornada para casa - 

Quando tinha apenas cinco anos, o indiano Saroo (Dev Patel) se perdeu do irmão numa estação de trem de Calcutá e enfrentou grandes desafios para sobreviver sozinho até de ser adotado por uma família australiana. Incapaz de superar o que aconteceu, aos 25 anos ele decide buscar uma forma de reencontrar sua família biológica.

Trailer

House of cards

Frank Underwood é um astuto congressista norte-americano que é traído pelo presidente que ele ajudou a eleger. Com a ajuda da esposa, de uma jornalista ambiciosa e de um outro político com problemas com alcoolismo, Underwood inicia um plano para minar adversários políticos e conquistar, em alguns anos, a presidência dos Estados Unidos.

Trailer

The flash

Barry Allen (Grant Gustin) era um funcionário da Polícia Científica que, ao sofrer um acidente, foi banhado por produtos químicos em seu laboratório e, em seguida, atingido por um raio. Foi a partir disso que ele começou a ser capaz de canalizar os poderes vindos do “Campo de Velocidade”, e se locomover em altíssimas velocidades. Usando uma máscara e um uniforme vermelho, ele começa a usar suas habilidades para patrulhar Central City com a ajuda dos cientistas da S.T.A.R. Labs, e detém vilões ao mesmo tempo em que procura descobrir quem foi o assassino de sua mãe.

Gravity Falls

Dipper e Mabel Pines são dois irmãos que são mandados para a loja do tio - avô em Gravity Falls, Oregon, para passarem lá o verão. Eles acham que as férias serão entediantes, mas quando Dipper encontra um estranho diário na floresta, eles descobrem que estranhos segredos estão fincados na cidade. Bem vindos a Gravity Falls, a norte do normal e a oeste do esquisito. 

Breaking Bad

Walter White (Bryan Cranston) é um professor de química na casa dos 50 anos que trabalha em uma escola secundária no Novo México. Para atender às necessidades de Skyler (Anna Gunn), sua esposa grávida, e Walt Junior (RJ Mitte), seu filho deficiente físico, ele tem que trabalhar duplamente. Sua vida fica ainda mais complicada quando descobre que está sofrendo de um câncer de pulmão incurável. Para aumentar rapidamente a quantidade de dinheiro que deixaria para sua família após sua morte, Walter usa seu conhecimento de química para fazer e vender metanfetamina, uma droga sintética. Ele conta com a ajuda do ex-aluno e pequeno traficante Jesse (Aaron Paul) e enfrenta vários desafios, incluindo o fato de seu concunhado ser um importante nome dentro da Agência Anti-Drogas da região.

Trailer

Jogo da imitação

Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo britânico monta uma equipe que tem por objetivo quebrar o Enigma, o famoso código que os alemães usam para enviar mensagens aos submarinos. Um de seus integrantes é Alan Turing (Benedict Cumberbatch), um matemático de 27 anos estritamente lógico e focado no trabalho, que tem problemas de relacionamento com praticamente todos à sua volta. Não demora muito para que Turing, apesar de sua intransigência, lidere a equipe. Seu grande projeto é construir uma máquina que permita analisar todas as possibilidades de codificação do Enigma em apenas 18 horas, de forma que os ingleses conheçam as ordens enviadas antes que elas sejam executadas. Entretanto, para que o projeto dê certo, Turing terá que aprender a trabalhar em equipe e tem Joan Clarke (Keira Knightley) sua grande incentivadora.

Trailer

Por enquanto essa é a lista pessoal! Vocês já assistiram? A que estou mais animada é o Jogo da imitação porque amo o Benedict Cumberbatch. :D 

Beijos!

Oie queridões, como vão?

Há um tempo fiz um post sobre o processo de ilustração de livros (podem conferir aqui), hoje trago para vocês uma entrevista bem bacana que fizemos com a equipe da Increasy, que trabalha principalmente com o agenciamento de novos autores. Se você não conhecia o serviço, é uma ótima oportunidade!

Esse post é mais da série onde entrevistamos diversos profissionais que estão no ramo literário e que contribuem, de suas formas, para o exemplar que temos acesso. 

Obrigada por terem aceitado! Vocês poderiam nos contar um pouco sobre como surgiu a Increasy?

Nosso trabalho com mercado editorial começou como um hobby para todas nós, através dos blogs literários e do contato como consumidoras. Com a experiência, recebemos alguns convites para fazer análises críticas, e fomos desvendando um novo aspecto do livro. Nos apaixonamos por isso, e pela oportunidade de poder auxiliar o autor no processo produtivo, e buscamos nos especializar na carreira.

Quando a ideia de profissionalizar isso surgiu, abraçamos todas e decidimos abrir a Increasy, focando no autor nacional e na ideia de ser uma base ao autor desde o principio do processo produtivo, e não apenas na parte comercial.

Um dos trabalhos que a Increasy oferece é o agenciamento de autores. Como funciona?

Agenciamos, no geral, autores em que apostamos muitos. Por esse motivo, um dos métodos de seleção da Increasy é a análise crítica: através de uma crítica completa do trabalho em voga do autor, podemos medir seu grau de maleabilidade para trabalho e seu potencial de superação.

Nestes nomes apostamos, trabalhamos o livro completamente, debatemos carreira e foco com o autor e só então apresentamos para a editora. Muitas pessoas nos questionam por cobrarmos essa análise inicial, como se essa fosse nossa cobrança por agenciamento. Mas não é: o que fazemos é cobrar o serviço de análise. Tudo que engloba o agenciamento (retrabalho do livro, preparação, revisão para apresentação às editoras, trabalho comercial) é remunerado à Increasy somente no sucesso.

A revisão de um livro é um dos cuidados mais importantes que o autor pode ter com sua obra. E vocês o fazem. O que vocês analisam neste momento?

Tudo! A história é funcional? O ponto de vista está correto? O personagem está bem construído, cenário bem fundamentado? O leitor consegue entrar na história? É preciso uma leitura sensível?

Isso quando falamos de uma revisão estrutural. Mas também fazemos revisão ortográfica.

O que é e qual a importância do coaching para autores?

É unanime para os nossos autores o quanto o coaching os fez crescer como autores. Trabalhar com uma crítica direta, com um olhar externo durante o processo produtivo, é engrandecedor e, muitas vezes, um pouco assustador, mas permite que pequenos erros e desvios durante a escrita sejam corrigidos em sua base.

E é o processo enriquecedor para o próprio coach também.

Você poderia dizer uma (ou mais de uma) situação bacana que ocorreu à vocês por conta da empresa?

Durante a Bienal do Livro do Rio estávamos com uma mesa para atendimento à editoras, negociações, etc. Recebemos um feedback muito legal do nosso trabalho durante esses encontros, que são super comuns em feiras como Frankfurt, mais ainda novos por aqui.

No último dia, decidimos abrir alguns minutos para receber autores que quisessem nos apresentar seus portfólios e projetos, em um rápido pitch. O retorno foi tão grande e gostoso que já estamos pensando como e quando realizar novos pitchs ☺

E qual (is) o (s) desafio (s) que vocês mais enfrentam neste ramo?

Quebrar a barreira de que “gente que vem de blog não pode profissionalizar” foi complexo, mas hoje a receptividade é muito maior, e o tempo é o melhor aliado para esse tipo de problema.

O que diria para alguém que deseja entrar nesse ramo de consultoria literária?

Paciência. Não pense em um retorno rápido, imediato. Roma não foi construída em um dia, uma carreira, qualquer carreira, também não vai ser.

Coloque tudo em contratos, leia e releia cada proposta mil vezes. E tente controlar as expectativas (nós tentamos até hoje!).

Sabia que os livros: "Livro de marcar livros" e o "livro de marcar filmes" são projetos da empresa junto com a Verus? 

Bom pessoal, espero que tenham gostado da entrevista! :D 

Beijos!

Hey queridões, como vão?

Essa é uma dica especial para quem curte filmes clássicos, romance e musical. (A parte musical é bem importante, hein?). La La Land conta a história de dois jovens sonhadores que se encontram, ao acaso. 

Mia é uma mulher que sempre sonhou em ser atriz. E em meio aos testes de elenco, se divide em servir café próximo aos estúdios Warner. (Perto do cinema, sempre!). Sebastian, por sua vez, é músico apaixonado por jazz. Dessas pessoas tão apaixonadas que se você disser que não gosta, ele tentará de tudo te mostrar o lado bom da coisa. E o seu sonho? Construir um clube de jazz para manter o estilo sempre vivo. 

Acontece que a vida não é nada fácil e tanto Mia quanto Sebastian estão lutando, com unhas e dentes, mas pouco conseguem. E é um no outro que encontram o suporte para correr atrás dos sonhos. Sebs insiste para que Mia escreva sua própria peça, afinal, que mal pode haver? 

 

O filme tem aquela tão Hollywoodiano, sabe? A cidade das luzes, o lugar onde você corre atrás para viver da arte, cinema e música a todo canto! Ele vai mostrar o contraponto em o que sonhamos e a realidade. As vezes para conquistarmos algo, escolhas devem ser feitas. 

A filmografia do filme está incrivel, não tem como não se encantar com a cidade. As músicas foram inseridas nos momentos certos, sem que deixasse o filme extremamente cansativo e o ar cômico do filme, em alguns momentos, contribuíram para tal feito. Não é à toa que o filme ganhou tantos Oscars e Globos de Ouro!! #arrasaram

A Emma e o Ryan tem uma química bem gostosa, tanto nos momentos de atuação, quanto de música! Gente, e o sapateado? 

Ela acordou, naquela manhã, feliz como há muito não se lembrava de ser. Sorriu para o seu reflexo no espelho apertado do quarto. Olhou para aquele tão gigantesco cubículo que chamava de quarto e se sentiu vitoriosa. E quem disse que ela não era? 

Ah, claro! Ela se lembrava de cada frase maldosa dita durante sua vida: você não vai conseguir, isso não é pra você... E houve um tempo em que cada palavra desta era uma verdade para si. E a vida parecia tão mais pior assim. 

Porém com a maturidade que só os anos e a vida podem dar, ela percebeu que pouco importava o que outros pensavam sobre ela (bom, a maioria deles). Somos seres dotados de livre arbítrio e o que nos separa do que nos realmente faz bem é uma questão de escolha, primariamente. Você quer lutar com o mundo?

Ela descobriu que o prazer de uma nova conquista é gratificante, ainda mais aquelas que exigem tanto. A mudança é algo que assusta a muita gente, mas para ela era sinônimo de liberdade. Ser e descobrir o seu verdadeiro eu. Você já tentou?

Tentou de tudo. Se decepcionou. Aprendeu. E percebeu que a vida é bem mais emocionante quando nos dispomos a conhecê-la em sua totalidade. Aprendeu uma música, um novo curso e descobriu que eram tantas dentro de uma. Você já descobriu todas suas possibilidades?

É um fato. Vivemos em uma sociedade machista, que a todo momento tenta oprimir a voz das mulheres. E é nesse clima que Dawn O'Porter nos apresenta o livro VACAS (nem toda mulher quer ser princesa). Ele vai contar girar em torno de três mulheres, diferentes entre si, mas que terão suas vidas unidades por conta de um acontecimento em especial. 

Tara sente na pele a dificuldade que é trabalhar em uma produtora de TV (ter a sua carreira bem sucedida) e ser mãe de uma menina de seis anos. Ora, ela bem sabe o quanto é ruim ouvir as "piadinhas" do trio de chefes e ainda encarar o olhar acusatório das outras mães. Elas deveriam apoiá-la, certo? 

Stella é uma mulher que já teve suas perdas e não soube lidar muito bem com isso. (Não deve ser nem um pouco fácil). E ainda tem o fato do fantasma de uma certa doença que não para de atormentá-la. E talvez isso já esteja afetando seu relacionamento. E nessa crise, ela levanta a questão: qual o meu legado para o mundo?

Cam, por sua vez, pode dizer que é bem sucedida. Okay, okay. Sua mãe e suas irmãs não conseguem entender esse desejo enorme que ela tem de não ter relacionamentos sérios e nem filhos. Ora, Cam só quer viver e aproveitar a vida que seu trabalho lhe permitiu. E mostrar para suas seguidoras do blog que está tudo bem em ir contra as regras que a sociedade lhe impõe.

Eu gostei da forma como a autora interligou a história dessas protagonistas. Para nós, sempre tão conectados, é uma história como várias que já vimos. Mas, vem aí o "X" da questão: quantas vezes você se perguntou o que acontece com a pessoa que virou aquele meme? Que teve sua privacidade exposta sem consentimento? 

E Dawn também puxa questões como a liberdade sexual entre os gêneros. Porque se a mulher pega mais de um homem ela vira vadia? Porque essa diferença? Porque uma mulher não pode ter o direito sobre sua vida e seu corpo? Se ela não quer ter filhos e sim uma carreira, ela pode! Se ela quiser os dois, pode também! Se ela só quer ser mãe, ta tudo bem também. A questão é escolha! Todo mundo deveria ter a liberdade (afinal não temos livre arbítrio) de tomar suas decisões sem que o mundo venha questionar. 

E a até a escolha do título é interessante. Sendo você, leitor (a), mulher ou não, quantas vezes presenciou momentos em que a mulher era vista somente como um "pedaço de carne"? Sem falar nas outras comparações, mas paro aqui para que leiam #valeapena

VACAS é um livro divertido, forte e cheio de frases motivadoras. Ou posts gigantes da Cam, mas vale a leitura de cada linha hahah #nãopulem A narrativa é alternado nas três personagens e dessa maneira fica possível entender as angústias e anseios de cada uma. 

Eu quis chorar algumas vezes, de tão dura que é a realidade. Mas em outras tive que rir. Definitivamente é aqueles livros meio "montanhas russas" de emoções. A capa dele foi algo que me chamou a atenção logo de cara. Shiu! Nem toda mulher quer ser princesa, qual o problema? Não calem-se meninas!

Definitivamente, um grande achado do ano! E vocês, já tinham ouvido falar?

Beijos!

Nunca olhe para dentro

Autora: Amanda Agatha Costa

Páginas: 610 páginas

Comprar: Amazon (disponível no Kindle Unlimited)

Sinopse: Nem sempre a vida é colorida como um quadro ou suave como uma pincelada, às vezes é o contrário de tudo isso. Depois de perder os pais em um acidente de carro aos oito anos, a única coisa que Betina precisa fazer é encontrar o responsável por ter destruído sua família na noite que daria início à sua próspera carreira como pintora. Agora, longe dos pincéis e das paletas, ela está focada em terminar a primeira graduação e procurar na justiça um pouco de consolo para o caos que o seu passado ainda traz. Ao lado de seus amigos e sob o teto de uma tia que a detesta, ela perceberá de que cores as pessoas são feitas, e do quanto é realmente necessário olhar para dentro de tudo aquilo que a assombra, mesmo que para isso precise passar por uma inesperada decepção.

Hey queridões, como vão?

Começamos uma resenha com um dos meus quotes favoritos deste livro (vou fazer um post só de quotes, porque gente, tem vários!). 

"Você é especial, assim como suas memórias sempre serão. Não as deixe desaparecer. Olhe para dentro e repita comigo: Guarde cada uma. Ame todas elas"

Para Betina tudo ao seu redor pode ser traduzido por cores. Alegria, medo, tristeza, amor... Transformar essa sua visão em uma obra de arte era uma de suas atividades favoritas até aquele dia. Aquele em que ela fora morar a tia, depois de perder os pais em um acidente de carro, aos oito anos. E o que era para ser um momento de reconforto, acaba se transformando em longos anos de sofrimento. 

Sua tia a detesta (sem que Betina consiga encontrar um motivo) e faz de tudo para levar a negritude em que vive para o universo de Betina. Parar de pintar foi somente uma das consequências. Ao viver ali, Betina passou a viver em função de querer descobrir quem foi o causador do acidente de seus pais e a busca pela justiça. 

Mais de dez anos após do acidente, quebrar o vínculo com a memória de seus pais nunca foi possível. Nunca olhe para dentro se tornou um de seus lemas mais fortes. E na busca da liberdade e da conclusão de sua graduação, nossa "amarelinha" vai ter que enfrentar e aprender que olhar para dentro pode ser bom, como sua mãe acreditava. E que nunca podemos desistir de nossas cores.