Entrevistando: autora Cinthia Freire

by - 13:10:00


Hey queridões, como vão?

Já faz um tempinho que não trago entrevistas pra vocês, né? Mas hoje voltamos em grande estilo. O bate papo é com a autora Cinthia Freire. Ela escreveu a série Segredos, onde resenhei o primeiro aqui

Cinthia, primeiro eu queria agradecer por ter aceito essa entrevista para o blog. Você poderia contar como foi o seu processo para começar a escrever. O que te motivou?

A primeira historia que escrevi foi aos onze anos, lógico que foi uma história bem típica de uma garota de onze anos. O que me levou a escrever foi minha professora de português da quinta série. Ela fazia uma brincadeira com seus alunos e a melhor redação da sala ia participar de um caderno super estiloso que ela tinha. E todos queriam muito estar naquele caderno. Então ela estimulava a gente a fazer boas redações e e essas redações acabavam saindo com muito mais do que vinte linhas. Esse foi o pontapé inicial para eu começar a escrever.

Eu acompanho muitos autores e uma das perguntas que mais gosto de fazer é como é sua rotina para escrever? Existe algum horário mais especial?

Acho que a gente acaba pegando algumas manias.O melhor horário para escrever, para mim, é de madrugada, porque não tem ninguém te ligando, não tem a bicicleta do gás ou o gato do vizinho. Tem aquele silêncio e você pode focar na escrita, integralmente. Nem sempre eu consigo, porque eu acordo muito cedo para levar os filhos pra escola. Mas eu sempre busco escrever à noite.

E música? Como é a sua relação com ela ao escrever seus livros?

No meu caso é engraçado porque eu tenho uma música para cada livro. E eu a ouço exaustivamente. Fica no repeat rs. Mas eu não a ouço em todo o meu processo de escrita. Geralmente eu a uso em alguns pontos como aquela cena de amor, a briga em que o casal vai separar ou um momento muito dramático, muito intenso, um final. 

E você tem algum trabalho que concilie com a escrita, além de ser mãe e esposa (que já é um baita trabalho!)?

Não, hoje eu sou exclusivamente escritora. Mas sou arquiteta formada, já trabalhei algum tempo na profissão. Porém é muito difícil manter as duas profissões, porque a escrita não tem hora para começar nem terminar. Você está sempre com a história na cabeça e ela fica girando em torno de você. As vezes você está no meio do dia, surge uma ideia e você senta e escreve. É bacana, mas nem todo mundo pode ter esse privilegio.

E a sua família, sempre te apoia?

Muitoo. Eu preciso muito do apoio deles das minhas filhas. As vezes eu falo: mamãe está escrevendo e elas ficam em silêncio. A porta fica fechada por horas. Meu marido que tem que ficar ouvindo eu falar sobre o Gabriel, o Vinicius, o Alan, o Thomas...

Então, precisamos muito desse suporte porque sem ele não consguimos, seremos os loucos da família.  Eu nem considero uma profissão, acho que faz parte da gente. Você só precisa descobrir o momento em que vai deixar  fluir.

Você já publicou no Wattpad?

Sim! Eu tenho um livro chamado Antes dos 20, ele foi publicado em 2015. O meu propósito era conhecer todas as plataformas de publicação. Então eu já publiquei livro tradicional na editora, já publiquei no Wattpad e na Amazon. O Antes dos 20 já chegou a ter a marca de 220 mil leituras. É um chick lit. Ficou lá por um ano e foi retirado. Agora vai ser relançado na Amazon.

Foi bem bacana. Eu fazia postagens semanais, e tínhamos uma hashtag #pormaissextasfeirasfelizes e quando chegava perto do dia, as leitoras começavam a usá-la.

E falando nisso, como é essa relação com os fãs?

Olha, não cai a ficha até hoje. Porque eu sou leitora antes de ser escritora. Para mim é surreal, mas muito gratificante. Quando o leitor vem até você e fala: amo seu livro, aquela história me tocou.. É o pagamento mais precioso que um escritor pode ter.

No livro Meu erro, temos cenas fortíssimas sobre depressão. Tem uma cena da Carol em que ela tem vontade de tomar os remédios para amenizar a dor, mas seria ir contra tudo que vinha fazendo. Como foi escrever e pesquisar essas cenas?

Eu acho que essa cena em que ela cede é o momento mais difícil de quem tem uma doença psicológica: o momento de aceitar que você a tem. Eu senti que a personagem estava pedindo ajuda e pensei em quantas Carolinas estão pedindo ajuda neste momento. Que está passando por fraca, que não tem força de viver... E na verdade ela é tão forte ao ponto de conseguir viver com aquilo, sobreviver e superar

É um trabalho de pesquisa muito difícil. A depressão é um tema que eu não conhecia muito bem e não tinha  me aprofundado muito até escrever a Carol. E eu me surpreendi bastante com esse universo. 

A depressão que é a doença do século,que atinge muitos jovens. Deveria ser tratada com mais seriedade. 

Rapidinha

Uma comida: pipoca
Um lugar; praia
Um autor:Carina Rissi e a J R Ward

Bom, pessoal! Espero que tenham gostado. Querem ler mais entrevistas? Na nossa edição de Outubro da revista  entrevistamos o Mauricio Gomyde e a Aline Sant Ana :D

Beijos!


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2 Comments

  1. Oi Lê que entrevista mais gostosa de se ler menina! Meus parabéns e muito sucesso para a Cinthia. Eu ainda não conhecia o trabalho dela, mas as entrevistas são muito boas exatamente para isso mesmo... rs Para conhecermos novos autores que estejam próximos de nós. =)
    Bjks!

    Mundinho da Hanna

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    Respostas
    1. Oiie Hanna!

      Fico feliz que tenha gostado :) O trabalho dela é otimo!

      Beijos!

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