Oiie pessoal, tudo bem?
Hoje é mais um texto que fiz a partir do desafio Imagens e Palavras, do grupo Café com Blog. E a palavra que recebi cuidado.
Bom, espero que gostem do texto do dia e estou tentando fazê-los cada vez maiores. :)
Cuidados...
Era sábado. Ainda chovia um pouco,
uma chuva leve que permanecia desde a madrugada. Mesmo com todo a preguicinha típica
destas manhãs – vai me dizer que nunca sentiu? – ela colocou as cobertas
floridas de lado e se levantou.
Ao sair do quarto passou por um espelho, onde se demorou
alguns segundos, observando os cabelos desgrenhados - consequência da tranquila
noite de sono merecida -, as olheiras enfim haviam
amenizados. Ela sorriu para sua imagem. Foi ao banheiro, tomou uma ducha e
alguns minutos depois estava pronta para o dia atarefado que viria.
Vestida de uma leggings jeans – quase uma necessidade para o trabalho – e
uma blusinha leve, Jamille se sentia vitoriosa. O motivo? Depois de anos
lutando com a balança e o espelho, ela aprendeu a aceitar seus quilinhos
a mais e a se cuidar como sempre viu tantas outras pessoas fazerem. Mas hoje
não era dia de cuidar do corpo, especificamente, e sim da alma.
Uma hora depois ela chegava na sua Igreja, ainda um pouco
esbaforida por ter corrida da parada até ali para não chegar atrasada. Malditos ônibus que demoram a passar! Sorriu
para as duas senhoras que estavam na recepção das pessoas e entrou.
Os sábados da Igreja eram reservados para a evangelização das crianças e bebês. Ah, como ela amava ajudar com os bebês. Era divertido observar o trabalho germinando em cada criancinha, com seus no máximo dois anos.
Os sábados da Igreja eram reservados para a evangelização das crianças e bebês. Ah, como ela amava ajudar com os bebês. Era divertido observar o trabalho germinando em cada criancinha, com seus no máximo dois anos.
Aquele, entretanto, era um dos sábados especiais. Todo
primeiro sábado do mês a Igreja recebia mães - grávidas ou com filhos pequenos
ou os dois – da comunidade mais carente para uma ajuda. Além da cesta básica, assistiam a uma "palestra" sobre algum tema importante para suas realidades. Era a nossa forma de evangelizá-las.
Enquanto as mães estavam em suas recepções, os
evangelizadores, entre eles Jamille, eram responsáveis por cuidar das crianças. Nesse sábado, então, as turminhas ganhavam novos colegas. O que
Jamille considerava de grande importância. Colocar
as crianças de realidades bem diferentes juntas, estimulava o desenvolvimento
de respeito e o interesse em dissipar essas diferenças.
Afinal, se as crianças serão os adultos de amanhã, se faz necessário que cuidemos para que elas cresçam com o entendimento de que todos
somos iguais, no fim das contas. E as diferenças que nos são impostas devem ser quebradas.
Jamille sorriu ao ver aquela salinha cheia de crianças. Algumas
pessoas tem marcos em sua vida. Para Jamille, era o antes e o depois de se
conhecer o benefício de cuidar do próximo. Foi ao perceber que o bem que
promovemos ao um amigo em necessidade reverbera em nós de maneira muito
agradável.
Quando ela
sentiu que evangelizar, fazer ronda nas ruas, doação... era a sua maneira de
poder contribuir para um mundo melhor. E ela aceitou, de bom grado, a missão. E
vamos lá, porque a jornada dela de hoje mal havia começado.
2 Comments
Eu acho que li uns quatro textos para o desafio imagem e palavra só hoje, e eles ficam tão bonitos!, haha
ResponderExcluirMe identifiquei com o seu texto; auxiliar pessoas através de assistência social também é um amor que eu percebi em mim há algum tempo. <3
Oiie Carol!
ExcluirQue legal!!
Beijos